Não quero muito, bem pouco
até,
Queria apenas voltar a
poder
Ir à praia, fosse calor de
verão
Fosse frescor de outono ou
primavera
Fosse até dia frio, se
me desse
O desejo, a necessidade,
Do contato com a areia,
com a água.
Sentava-me em minha
cadeira,
Virava-me ao sol que
houvesse,
Hauria do calor, energia,
até...
Bronzeado então, ia à
lavanderia
Das ondas que me limpavam corpo
e alma
Voltava, mais sol até...
De novo à lavanderia
Outras e outras vezes.
Quando entardecia
Virava a cadeira para o
mar
Perscrutava toda aquela
maravilha
Contava navios à espera de
entrar no Porto
Olhava nuvens e adivinhava
suas mensagens
Observava urubus volteando
lá em cima
Do morro da Campina
Chegavam as gaivotas
Com seu voo lindo e
grasnar incoerente
Depois as elegantes garças
A bicar sei lá quê...
Hora da leitura, de abrir
livro ou Kobo,
Chega o Chicão: que quer
patrão?
Obrigado, Chicão, caipirosca,
do jeito de sempre;
E lia até que luz
faltasse.
Volta ao apê, lavar tudo
em baixo,
Ducha quente ou morna de
conforme,
De roupão voltar à
Internet,
A tantas mensagens
queridas
Apagar as outras
Continuar a trabalhar
pensando
Que alguma coisa ganharei
Frustração, mas
persistência
Noite e madrugada adentro.
Um dia, uma noite,
Como esperei em https://espiritosaudeciencia.blogspot.com.br/2013/03/a-espera-da-boa-nova.html#.V0kcJPkrLIU,
A boa nova chegará.
Voltarei a meus luxos
praianos.
FMFG
Maio de 2016
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