domingo, 7 de janeiro de 2018

Às vezes um acontecimento quotidiano e...

Gigantesca enxurrada de pensamentos![1]


De minha sacada observo, todas as manhãs, ou quase todas, por volta das 9 e pouco, cinco pescadores, ali à minha frente, começarem a faina de preparar dois barcos para o trabalho.
Um companheiro leva dois outros, na canoa vermelha (à esquerda, entre coqueiros) até um dos barcos; rema à proa, com um só remo: vai em ziguezague. Deixa os dois no barco menor, mais à frente, volta para pegar mais dois; embarcam todos os três no de trás, teto azul, um pouco maior.


Enquanto arrumam coisas, tiram o pouco de água que restou da chuva da noite, lá vem a lancha do Iate clube de Ilhabela, o condutor a acosta ao barco maior, entrega um monte de gelo em sacos, logo colocados em caixas, e a lancha parte.  

Vão lançar suas redes entre as duas embarcações, recolher zilhões de peixes, lulas, camarões que, agonizando, serão lançados às caixas, entre camadas de gelo.... Têm melhor sorte que os que, fisgados por anzóis impiedosos, lutam desesperadamente por se soltar, salvar suas vidinhas e morrerão também agonizando sobre o concreto do “Cais dos Pescadores”.


[1]Poderia até parafrasear o que escreveram para Neil Armstrong decorar e dizer ao pisar na Lua: “Um pequeno passo para um homem, enorme salto para sua alma”, vide https://pt.wikiquote.org/wiki/Neil_Armstrong
___________________________

Daí, deste pequeno e rotineiro passo, minha alma, condoída pelo destino destes companheiros de viagem, volta a se lembrar da frase de Steven Weinberg: “The more the universe seems comprehensible, the more it also seems pointless”[1]

E arrancamos um pé de alface e este chora, agoniza, é também como arrancar a fruta da árvore, roubar o ovo da galinha...

Há algum tempo, creio que em 2011, escrevi “Neo onívoro – Ou Ex vegetariano”, um dos capítulos de meu livro “E não houve tempestade em Tóquio” em e-book pela Amazon Brasil.
Afinal, pra que tanta maldade e judiação? É este o objetivo do universo?

Matar para não morrer pode ser necessário, eticamente correto, ao menos aceitável em casos duvidosos; matar mais que o necessário, matar sem necessidade, sem sentido, matar por prazer, é incompreensível. No entanto... assim me parece agir o universo.

Fui rever o que existe sobre a história da Terra; há um vídeo do National Geographic que já havia visto: é bom, mas falha e atropela na passagem dos herdeiros dos dinossauros até os primeiros que foram classificados como Homo sapiens que, de algum tempo, pretensiosamente, nos intitulamos “Homo Sapiens Sapiens”!  E, neste final, o vídeo se resume ao que aconteceu e aos fósseis encontrados na América do Norte, deixando de lado acontecimentos importantes no resto do mundo; em todo caso vale ver pela produção primorosa, pelos efeitos sonoros e pictóricos, por algumas imagens de antepassados que não são facilmente encontradas em outro site; se quiser, pode assistir neste link.  

Pesquisei muitas outras fontes, escolhi as que julgo mais bem embasadas, com teorias provadas ou mais aceitas, mais plausíveis. 

Resolvi produzir um texto que espero que possa ser criticado, comentado, corrigido e complementado por meus tantos amigos cientistas.
Podem ver o que escrevi aqui.

E uma história bem interessante, cheia de horrores, violência, carnificinas de animais e espécies, que afinal tiveram um propósito, darwiniano e materialista que seja: a evolução dos sobreviventes.
Desde as primeiras colônias de bactérias, é um sem fim de aniquilar ou matar; não é um “Eros e Tânato”, é “Rem e Tânato”. Por interesse primeiro em sobreviver, em seguida em crescer, dominar, espécies e grupos vêm matando aos seus e a outros ao longo de toda a caminhada deste planetinha.

A Bíblia conta uma fábula bonitinha, mais curta, da criação do universo, animais e homens (de mulheres como apêndice); tão inverossímil que há grupos de extremistas que dizem acreditar que a única verdade está na Bíblia (quem sabe até acreditem, vá lá saber como funciona o cérebro de um extremista!).

Em seguida a fábula vira longa estória de ambições, traições, assassinatos, guerras contra o que uns entendem outros como inimigos, matanças por orgulho ou vaidade, conquista de povos e espaços.
Escrita recentemente (alguns chegam a datá-la no máximo a poucos quatro ou cinco mil anos), reflete melhor a verdade sobre a humanidade como hoje a entendemos: “Rem et Thanatos”.

Eros? Bem, parece que o amor pelos filhos já existia nos primeiros mamíferos; pelo outro, da mesma família ou clã, intuímos (não conheço provas) talvez desde o Homo Habilis. 

Hoje, e por interesse, há amor nas religiões orientais, no espiritismo, no judaísmo, nas religiões cristãs, por seu Karma ou nele crescer, para ganhar os Céus, para a ele ascender na carruagem de Elias[2], para não se reencarnar numa minhoca, lagarto ou cachorro, e jamais como um de nossos abomináveis próceres...

O tal de Nova Fábula diz que Jesus pregou e praticou... ia escrever que este genérico e purinho da silva tivesse morrido com ele, mas me lembrei que “Amai-vos uns aos outros como eu os amei” já fazia parte do interesse de sentar-se ao lado do Pai, de conquistar um lugarzinho no Céu, para compensar e esquecer a dureza da vida nos lugares daqui debaixo.

Amor de humanos pelo meio ambiente, pelos rios e cascatas, matas, mar, e seus bichos... amor construtivo, mas totalmente interesseiro, não é?

Amores a uma causa? Muito poucos que não tenham origem no interesse próprio, diretamente ou indiretamente seu, através do interesse de um grupo, por ambição de ganhar poder, galgar altos postos; ou até para sentir-se bem. Mas os há, creio.

Espera aí! Não sou totalmente cético: sim existe amor desinteressado, intenso, entre nós humanos, com que eu, e você certamente, fomos abençoados, por receber e dar, sem limites, até a doação da vida quando necessário. É vivência como que de êxtase em tantos momentos e episódios de amor.

Existe, talvez, o amor por si mesmo, o mais difícil de se entender e atingir.

E existe a bondade, inata, espontânea, sem razão de ser senão ela mesma, cujos exemplos vemos por toda parte, raramente noticiados pela mídia, pois não é de seu interesse. Cada gesto, cada ação destas não cria êxtases, pouco ou nada são notados pelos que a têm: é natural, de sua natureza.

Enfim cá estamos nós fazendo parte desta história, com curiosidades insatisfeitas, perplexidades frente a acontecimentos e tragédias inaceitáveis e sem explicações. Sabemos quase tudo em seus detalhes, retalhos que não os sabemos cerzir.

Resta a felicidade de viver, simplesmente, curtir este planetinha maravilhoso, olhar o todo, deixar fluir Eros de que, assim, Thanatos será apenas consequência e ato de compreensão e bondade.   




[1] Quanto mais o universo nos parece compreensível, mais também nos parece sem sentido.
https://en.wikiquote.org/wiki/Steven_Weinberg
[2] http://www.morasha.com.br/profetas-e-sabios/o-profeta-eliahu.html

sábado, 6 de janeiro de 2018

História da Terra e dos predadores que nela se desenvolveram


Uma História da Terra completa e detalhada por etapas e depois por Eras Geológicas, veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_da_evolu%C3%A7%C3%A3o_humana

Nascimento do Sistema Solar e da Terra


Segundo os mais recentes estudos, as estrelas e galáxias começaram a se formar a cerca de 550 milhões de anos depois do Big Bang, ou seja, a 13,2 bilhões de anos.



30 milhões de anos antes de nossa estrela nascer, ou seja a 5,2 bilhões de anos, um colapso dentro da Via Láctea expulsou a matéria que viria e se contrair e formar nosso Sol; a formação de todo o sistema solar levou 100 milhões de anos, a partir de 4,9 bilhões de anos. Portanto, o início da formação da terra – usualmente considerado como de 4,9 bilhões de anos após o Big Bang – na realidade deve ter ocorrido logo depois (a Terra é o terceiro planeta do sistema solar), por preciosismo digamos que a 4,85 a 4,80 bilhões de anos, quando milhões de toneladas de poeira e detritos aquecidos a cerca de 12.000 °C espalhados pelo nascimento do Sol, por gravidade foram se juntando, adensando, mais se aquecendo.


Assim, em seu nascimento era uma massa de magma em ebulição, uma sopa em que havia alguns dos elementos químicos inertes, hidrogênio, hélio, berilo e lítio.

A atmosfera se consistia apenas de carbono, nitrogênio e vapor d’água.


Impacto de Téa 

Por volta de seus 370 milhões de anos de idade (4,540 bilhões de anos depois do Big Bang), temperatura externa resfriando quando a Terra já tinha diferenciado núcleo e um incipiente manto, um jovem planeta, denominado Theia ou Téa[1] (do tamanho de Marte hoje), deslocado de sua posição de equilíbrio em um dos “pontos de Lagrange”[2] por seu aumento de tamanho e massa, caiu a uma velocidade de 40 mil quilômetros por hora (vinte vezes a velocidade de uma bala de revólver) à Terra, em colisão de ângulo oblíquo.


O choque oblíquo fez com que a o bólido fundido aumentasse vertiginosamente sua velocidade de rotação; o entorno era uma atmosfera de rocha vaporizada a 4.000 °C, e cerca de 2 % da massa de Téa formou um disco de escombros, metade do qual se contraiu para formar a Lua, então a 22.000 quilômetros da Terra, em contraste com os cerca de 400.000 atuais. O restante se partiu em trilhões de pedras e poeira, que voltarão à Terra como meteoros.


O dia desta massa em ebulição era de apenas 5 horas[3].
A gravitação entre Terra e Lua foi reduzindo a velocidade de ambos os planetas, em consequência afastando-se gradativamente.

[1] A escolha do nome “Theia” tem origem na mitologia grega, uma vez que Theia ou Tea era a Titânide mãe da deusa da lua, Selene.
[2]   https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_grande_impacto 
[3] É possível, segundo várias simulações, que dois satélites foram formados a uma distância de 20 mil quilômetros da Terra. No entanto, a lua interna acabaria colidindo com o nosso planeta novamente ou colidindo com o outro mil anos após sua formação. Esta última hipótese explicaria a diferença entre a face visível da Lua e a oculta, propondo que a segunda lua tivesse um diâmetro aproximado de 1.200 quilômetros - maior do que o planeta anão Ceres - e que estaria em um dos Pontos de Lagrange  da órbita da Lua, em que permaneceria por milhões de anos até que sua órbita foi desestabilizada para acabar colidindo com a maior das luas no que é agora o lado oculto. Esta colisão teria ocorrido a uma velocidade relativamente baixa (2-3 km / s), de modo que o objeto impactante não teria formado uma cratera, mas, após o impacto, sua destruição teria coberto o outro lado da Lua.


Pangéia, Gondwana e Laurásia

1,5 bilhões de anos atrás em sua história (3 bilhões do nascimento) o tremendo calor do núcleo vai fragmentando a crosta maleável e frágil em placas tectônicas e as move pela superfície. Mais milhares de anos a temperatura na superfície é de mais de 80°C e a crosta se separa em placas que em mais 400 milhões de anos se juntarão formando o supercontinente Denominado Pangéia, banhada por um oceano único Pantalassa. Uma superfície desolada, parecendo a de Marte que conhecemos, onde a temperatura da superfície baixou para cerca de 30°C e o dia tem agora 18 horas.

Avançando no tempo, aos 750 milhões de anos atrás, a crosta se fragmentando ano a ano, o supercontinente se divide em dois dando origem a dois megacontinentes: Gondwana e  Laurásia[1], separados pelo Mar de Tethys[2].

A intensa atividade fez brotarem vulcões por todo o continente; na atmosfera há CO², fumaça e gás por toda parte, além de metano e pouco oxigênio.  O gás carbônico reagindo com a água formou ácido carbônico (H²O + CO² → H²CO³) e sobre o mundo caiu chuva ácida; as rochas absorvem o carbono sob a forma de ferritas, e não há CO² na superfície para bloquear o calor do Sol.





[1] Ver a animação mostrando a evolução dos continentes em https://www.youtube.com/watch?v=DuSWnmJ3BHY
[2] Há alguma confusão entre Pangéia e Gondwana: Em vários documentos e passagens se fala de Gondwana como se fosse um único continente; mas Gondwana é um megacontinente ao sul de Pangéia, enquanto que quando dizem “o outro lado de Gondwana” deveriam dizer Laurásia.



Planeta Bola de Neve



E... Poucos milhares de anos e a superfície da Terra estava a -50°C!
As explicações para a queda vertiginosa da temperatura ainda são controvertidas, mas as provas são inequívocas: por volta de 650 milhões de ano, a Terra foi quase que totalmente coberta por uma espessa camada de gelo de 3 quilômetros de espessura; foram duas camadas, uma iniciada no polo norte e outra no polo sul, que se moveram uma em direção à outra e quase se encontraram no equador. Este longo período glaciação foi denominado “Planeta bola de neve”.


Este período durou entre 60 a 80 milhões de anos. 


A Terra que saiu do Gelo...



A superfície estava congelada, mas o núcleo continuava (e continua) ativo e em ebulição. Durante este período, o gelo empurrou a crosta para baixo; agora a crosta volta a subir, o que provoca mais pontos de ruptura, e mais e mais vulcões lançam bilhões de toneladas de CO² na atmosfera; a temperatura sobe mais e mais.
Enquanto o planeta estava congelado, os raios-ultravioleta do Sol produziram uma reação nas moléculas de água, transformando-as em peróxido de hidrogênio (H²O²) a mesma água oxigenada que compramos nas farmácias; o gelo vai se derretendo e a água oxigenada se decompõe e libera mais oxigênio para a atmosfera.


Agora, a 600 milhões de anos, a atmosfera está mais quente, como um dia de verão atual, e os dias duram 22 horas.








E a vida primitiva não estava morta!


Antes da Terra bola de neve, a última a vez que vimos vida primitiva foi nos mares; parece que sobreviveram e, com oxigênio em abundância, as bactérias evoluíram, e há plantas por todo lado nos oceanos, e algumas coisas mais... Organismos pluricelulares.

É o que se chama de Biota ediacarana
DickinsoniaCostata

claraia, fossils-bivalvia

Tribrachideum

A abundância de oxigênio permite então que as criaturas cresçam e desenvolvam esqueletos ósseos.
  
Surgem espécies com exoesqueletos

Aqui um trilobita

E o predador Anomalocaris (centro) 



Os primeiros artrópodes








Nosso planeta azul está verde









Os descendentes dos artrópodes evoluíram

Ao aperfeiçoarem seus mecanismos e táticas de ataque, sofisticaram seus meios de locomoção e detecção de presas; tanto se entusiasmaram que criaram monstros matadores de plantas e de monstros, monstros matadores de herbívoros e de carnívoros.

Uma libélula, por exemplo, cresceu e ampliou enormemente seu território de caça.


Os artrópodes, os primeiros a pisar e se desenvolver na terra seca, já existiam há milhões de anos, como alguns insetos atuais, mas então com enorme diferença: assim como a Meganeura, estas criaturas são monstros.

E se há vida há também morte; milhares de anos de vegetais e cadáveres de bichos se acumulam no fundo dos oceanos; a pressão das camadas de rocha que as cobrirão e o calor do núcleo irão produzir as jazidas de óleo e gás de que será feita a segunda maior transformação e sucesso do gênero humano no futuro ainda distante.



A Grande Extinção do Permiano



Escudossauros,
vegetarianos parentes das tartarugas de hoje, 

 e monstros assassinos como o 



Gorgnoccídeo feriu mortalmente o Escudossauro

Mas este não chegou a comer a presa: de repente o solo começa a esquentar violentamente, lava flui não apenas de um único ponto ou vulcão, mas toda a crosta é imergida em lava de basalto.
Tudo morto!

No lado norte de Pangéia – na Laurásia – parece que nada acontece... eis que tudo está coberto de neve... Não! São cinzas das erupções acontecidas a 16 mil quilômetros de distância. Que queimam e destoem tudo que existia.
O dióxido de enxofre se combina com a água, transforma-se em ácido sulfúrico que queima o que ainda restar.

Estima-se que a Grande Extinção do Fim do Permiano tenha aniquilado 96% de todas as espécies marinhas. O 4 % da vida marinha vive próximo a fontes termais, em zonas onde a camada de gelo é mais fina, alimentando-se do que quer que encontre. O mesmo acontece com as pequenas criaturas multicelulares que, na terra, já viviam no subsolo ou tiveram a sorte de serem soterradas por rochas e terras empurradas pelas lavas. 



E a Vida continuou seu incessante trabalho, até agora um “trabalho de Sísifo”...

Bolhas começam a sair dos fundos dos mares; o metano preso nos gelos, com seu derretimento vai sendo liberado e isto eleva a temperatura externa a 40°C. (Veja o Anexo

E em algumas dezenas de milhares de anos novamente o oxigênio e comida abundantes dão condições para o aumento dos corpos e novos   monstros aparecem no oceano, como os Ictiossauros, reis dos mares.
Até o aparecimento do Pliossauro...

Pliossauro mata um Ictiossauro

Da terra, sobreviveram pequenos organismos pluricelulares saídos de suas profundezas, onde comiam o que encontrassem; da mesma forma que o que aconteceu com a vida marinha, desenvolveram-se os maiores gigantes de todos os tempos da história da Terra: os Dinossauros



Início do reinado dos dinossauros


Os ancestrais ​​dos dinossauros tinham quatro patas, não duas; o Asilisaurus kongwe, uma criatura quadrúpede do tamanho de um cachorro grande, que é tão próxima do dinossauro quanto os chimpanzés são do homem, foi descoberto na Tanzânia, leste da África.

Um estudo recente concluiu que o ancestral do Homo Sapiens – um dos mais antigos em nossa árvore familiar – viveu na mesma época dos dinossauros, batizado como Fruitafosser pelo local em que o fóssil foi encontrado.

Concepção artística do ancestral dos mamíferos

Considerado o primeiro mamífero placentário, ele viveu entre 88,3 e 91,6 milhões de anos atrás. Os mamíferos placentários atuais incluem os humanos e todos os outros mamíferos, exceto os que põem ovos ou têm bolsas (marsupiais).

“Se os dinossauros não tivessem sido extintos, os mamíferos placentários não teriam tido a chance de se diversificar e nossa própria espécie não teria evoluído”[1].

Há muita controvérsia, algumas teorias plausíveis, mas nenhuma explicação definitiva sobre o que ocorreu nos 33 mil anos após a Extinção do Permiano até o aparecimento dos dinossauros.
  
Não há sinal perceptível de vida em terra, mas os oceanos estão ficando rosados: fungos proliferaram nos depósitos de matéria orgânica e deram origem a   algas que conseguiram sobreviver.

E houve outras histórias de sucesso no mar, mesmo em meio ao horror.
Grande número de cientistas e instituições considera o gênero claraia, de bivalves, um oportunista que sobreviveu e, rapidamente se diversificou para preencher os espaços deixados no ecossistema do fundo do mar pelos Brachiópodas, que dominavam o fundo dos mares.

“Para entender porque os grandes e lentos gigantes foram extintos, enquanto aves e mamíferos mais frágeis sobreviveram, temos que explorar mais a fundo os dados sobre fósseis com base em análises moleculares. Eles sugerem os intervalos entre Eras (veja anexo) em que podemos encontrar evidências sobre grupos específicos de mamíferos”[2].

Daí em diante, há comprovação de que tipos de répteis muito diversos e diferentes governaram a Terra, dezenas de milhões de anos antes de dinossauros famosos como Tyrannosaurus Rex, Velociraptor e Stegosaurus.
Por aproximadamente 120 milhões de anos - do período Carbonífero ao Triássico Médio - a vida terrestre foi dominada pelos 




Archosaurus,

Terapsídeos, 

Estudos recentes, combinando a análise do fóssil com o DNA e programas especialmente criados para tal, vêm jogando alguma luz sobre os tais de 33 mil anos antes do aparecimento dos dinossauros, como o Asilisaurus kongwe. Primo e ancestral dos dinossauros tinha até 90 cm de altura, viveu 10 milhões de anos antes dos dinossauros,



O surgimento final dos grandes monstros se deu paulatinamente e ao mesmo tempo em que outras criaturas menores coabitavam com eles o planeta, como o Lystrosaurus ,

um sinapsídeo comum, um grupo de animais ancestrais dos mamíferos, com  aproximadamente 1 metro de comprimento e cerca de 200 quilos;

O anúncio da descoberta de ossadas do Raptorex kriegsteini na China, uma possível miniatura do T Rex, mas com estrutura de apenas 3 metros e 70 quilos de peso,

e a história de sua compra e análise na Universidade de Chicago teve enorme repercussão e recebeu críticas violentas e abriu espaço para investigações mais profundas. 

A procura por fósseis e explicações continua viva, trazendo novas informações como as sobre o Alioramus, de 5 a 6 metros de comprimento e com 800 a 2.000 quilos; um gênero de dinossauros de terópodes tiranossurídeos do período Cretáceo Superior que viveu há cerca de 70 milhões de anos. 

Um Alioramus comparado a um humano atua

Interessante vídeo mostra o Tiranossauro Rex e o movimento de sua estrutura óssea ao correr: https://www.britannica.com/animal/tyrannosaur#ref1068062



PAM!






É difícil acreditar que alguma coisa tenha sobrevivido.

O reinado dos dinossauros, de 165 milhões de anos, chega ao fim.

E seu desaparecimento abre oportunidade para o aparecimento e desenvolvimento de novas espécies.

Embora sem desconsiderar a teoria da extinção causada pelo impacto do meteoro gigante, há algumas outras, das quais creio ser a mais interessante a que indica que os dinossauros estavam fadados à extinção, mesmo que o acidente não tivesse acontecido.


A descoberta de fragmentos fósseis pertencentes a hadrossauros,

datados de há 65 milhões de anos, ou seja, depois da extinção, criou perplexidade, pois isto significa que alguns dinossauros podem ter sobrevivido pelo menos mais 300 mil e até 700 mil anos após o impacto.



E la nave va...


I - Aves

E, mais uma vez e como sempre, o vazio provocado pela extinção dos gigantes predadores acabou por se revelar uma oportunidade para outros animais aparecerem, predarem e se proliferarem.

As aves, descendentes dos dinossauros terópodes, também aproveitaram desde cedo a oportunidade de reconstituir a fauna do nosso planeta. Aves gigantes e não voadoras como








foram algumas das espécies que povoaram o planeta após o desaparecimento dos grandes dinossauros.

II – Mamíferos


Um subgrupo de terapsídeos,, os cinodontes, teria evoluído mais características similares aos mamíferos.

No Cretáceo (ver anexo Tabelas das Eras Geológicas da Terra), entre 145 a 66 milhões de anos, surgiram plantas com flores e os primeiros mamíferos placentários.

Repenomamus

Os mais primitivos mamíferos eram pequenos e parecidos com musaranhos que se alimentavam de insetos. E já tinham temperatura corporal constate. O Neocórtex evoluiu nos mamíferos. Esta região cerebral é típica destes animais.


Há 65 milhões de anos surgem os Euarchonta, um grupo de mamíferos pequenos, noturnos e arborícolas, insetívoros que inicia a especiação que irá resultar nas ordens primatas.

Carpoleste Simpsoni
Desenvolvimento do dedo opositor

O aparecimento dos mamíferos maiores se inicia no Paleoceno, em clima tropical, cerca de 65 milhões de anos atrás.


E se diversificaram no Eoceno, 56 milhões de anos atrás, em cães, elefantes, baleias, morcegos.

Mais 12 milhões de anos e aparecem os primeiros grandes mamíferos durante o Oligoceno:

Dolicocebus
Megacerops
Cavalo primitivo com três dedos

Há 5,5 milhões de anos começou o Plioceno, quando o clima se tornou frio e seco, mas com vegetação quase que como a atual, onde os mamíferos realmente começam a se transformar em tipos mais próximos ao do homem, como os Australopitecíneos e o Homo Habilis.




Há 25 milhões de anos a Catarrhini dividiu-se em duas superfamílias, "macacos do velho mundo"


e "grandes macacos" (Hominoidea).


Há cerca de 13 milhões de anos nossos ancestrais se derivam dos ancestrais dos grandes macacos.

E aproximadamente há 5 milhões de anos os ancestrais dos humanos sofrem mais uma influência, agora dos ancestrais dos chimpanzés. O último ancestral em comum é o


O mais antigo no ramo humano é o Orrorin tugenensis (Millennium Man, Quênia).


Tanto chimpanzés quanto humanos têm laringe que reposiciona-se durante os dois primeiros anos de vida para uma localização entre a faringe e os pulmões, indicando que os ancestrais em comum tinham esta característica, uma precursora da fala.

Os Australopitecíneos evoluíram nas savanas da África 


sendo caçado pelo


A perda de cabelo corporal tem lugar no período de há 3 a 2 milhões de anos, em paralelo com o desenvolvimento do bipedalismo pleno.


E, finalmente, surgiu o Homo erectus que se desenvolveu na África há 1,8 milhões de anos, ancestral dos modernos humanos, como o Homo heidelbergensis, usualmente tratado como um passo intermediário até nós.

Homo heidelbergensis

Os primeiros humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) evoluíram do Homo heidelbergensis, ainda na África, há cerca de 100 mil anos.


Da África se espalharam pelo mundo, chegando, há 10 mil anos, até a  Terra do Fogo na ponta da América do Sul, a última região continental então inabitada por humanos (excluindo a Antárctica).
Suas características, tamanho, conformação, cor de pele, cabelos e olhos se diversificaram adequando-se aos ambientes, climas, facilidades ou adversidades dos locais em que cada grupo se instalou,  ali se dividiu em clãs que criaram seus domínios, cidades e “nações”.      





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