Criptoquirdia
Testículos
não descidos – também chamados de criptorquírdicos, são realmente bastante
comuns. No entanto, o nome é um pouco enganador; é por isso que, às vezes,
também é chamada de “testículos não descidos”. O testículo criptoquírdico é aquele
que nunca se move para baixo do abdome na direção do escroto (o saco de pele
pendurado atrás e abaixo do pênis).
É importante apalpar os testículos das crianças a partir dos 4 meses para
assegurar que ambos se encontram na bolsa escrotal; se você não os encontra ou
tem dúvidas, procure um Urologista Pediátrico.
Na
verdade, o testículo não descido vai para baixo só que não completamente. Isso
é o que vemos na maioria dos casos. A descida incorreta pode afetar um ou ambos
os testículos.
Os “testículos
não descidos”, ou criptoquírdicos, são indolores.
O
defeito é congênito (presente no nascimento).
Um ou
dois por cento dos bebês do sexo masculino são afetados. Os bebês prematuros
têm maior taxa de incidência de testículos não descidos, em média 4,5 %.
Quanto
mais prematuro for o bebê, maior será a chance de que apresente criptorquidia.
Os
testículos que não descem para o escroto são mais propensos a lesões ou torção
testicular (quando a irrigação sanguínea é interrompida), o que os torna estéreis.
Em
alguns casos — cerca de 20% — o testículo não descido se resolve (ou “cai”) por
si só nos primeiros três ou quatro meses de vida do bebê.
O
médico pode indicar o uso da gonadotrofina coriônica (hCG) que provoca o
amadurecimento transitório e mais rápido do testículo, auxiliando a fase final
da migração.
Nestes
casos não há necessidade de cirurgia pediátrica, e seu filho já pode se admirar olhando para baixo.
No
entanto, se o médico chegar à conclusão de que há necessidade, não hesite! As
consequências a longo prazo são raras, mas é preciso estar ciente delas:
Saiba mais.
Saiba mais.
Os
testículos não descidos podem aumentar o risco de infertilidade, em especial se
ambos foram afetados. No entanto, os meninos que têm só um testículo não
descido tendem a, por fim, ter filhos na mesma proporção dos que não foram
afetados pelo problema.
Os meninos com os dois testículos não descidos — porcentagem muito pequena
— realmente têm taxa de fertilidade significantemente menor.
Os testículos não descidos são ligeiramente mais propensos ao desenvolvimento
de câncer, mesmo depois de correção cirúrgica. No entanto, a cirurgia pode
reduzir o risco de desenvolver câncer. Os pais devem saber que os casos de
câncer relacionados com testículos não descidos são raros.
Alguns testículos descem para o escroto, mas não crescem bem e não são
funcionais.
A cirurgia para correção é chamada de orquidopexia, e é uma cirurgia
rápida e simples.
Embora necessite anestesia geral, o procedimento é realizado por uma
incisão de 2 a 3 centímetros na região inguinal, que permite o reposicionamento
correto e definitivo do testículo no escroto na grande maioria dos casos, bem
como a correção das hérnias associadas. No caso dos testículos impalpáveis, não
havendo nenhum exame laboratorial ou de imagem (radiografia, tomografia ou
ressonância magnética) que identifique com certeza o testículo dentro da
cavidade abdominal, a exploração é obrigatoriamente cirúrgica. Recomenda-se,
via de regra, a laparoscopia, que caracteriza com segurança a ausência ou
presença do testículo. Nesse último caso, a orquipexia com técnica
laparoscópica também pode ser realizada com sucesso no mesmo ato. Tanto na
cirurgia aberta como na laparoscópica, a alta hospitalar é dada geralmente em
24 horas.
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