sábado, 31 de outubro de 2015

A memória cabe no cérebro? Atualizado.



É absolutamente impossível!
- Provocações e Desafios

Comecemos por aqui:

A maioria dos artigos e estudos sobre o cérebro afirma que ele contém 68 ou 100 bilhões de células nervosas (neurônios); porque “ou” e não “entre”, não sei. Um texto do Portal São Francisco (link), de que colei excertos ao final do anexo, afirma que “o cérebro humano possui entre 10.000.000.000 e 100.000.000.000 neurônios”. “Ligeira” variação, não é?

Se quiser ver mais detalhes sobre isto, clique em “Dados sobre neurônios e memória”.

Bem, para os fins a que se destina esta discussão, suponhamos que sejam mesmo 100 bilhões de neurônios e que sua rede de ramificações possa gerar até 100 trilhões de pontos (sinapses).

Em "Neurônios revelam complexidade da memória" e como é de se esperar,  é muito lógico que os neurônios, suas associações e sinapses têm muita coisa fundamental para fazer, em primeiro lugar preservar a vida e todas as funções do corpo, movimentar, ver, cheirar, degustar, sentir pelo tato, sentir emoções... e, portanto, 

Embora as células nervosas que mudem de atividade durante o uso da memória sejam amplamente distribuídas no cérebro, neurônios individuais geralmente respondem a aspectos específicos da memória”.

Pior ainda agora, que cientistas descobriram (e provaram) que o cérebro envia mensagens para o corpo mesmo antes de qualquer ação ser executada! Vejam  When Your Eyes Tell Your Hands What to Think: You're Far Less in Control of Your Brain Than You Think.  

Sejamos conservadores: suponhamos que 50 bilhões de neurônios e 75 trilhões de sinapses se ocupem direta ou indiretamente das diferentes classes de memória.
Se formos seguir os modelos de todos os links que aqui e no anexo são apresentados, um modelo reducionista eletroquímico tem necessariamente que associar cada sinapse a uma informação unitária, ou seja, a um bit; novamente em favor do conservadorismo, assumamos – ainda que seja fisicamente impossível –, que cada sinapse gere um byte. Dentro deste modelo reducionista “científico” de que a memória esteja contida no cérebro chegamos a uma impossibilidade matemática. 

Uma imagem clara que guardamos seria representada por pixels. Cada pixel em três cores usa 16.777.216 bits, ou seja, ≈ 16,8x10⁶ bits por canal. Vide, entre outras matérias semelhantes,  o texto deste link. Uma imagem de alta definição exige ao menos 10 Megapixels, ou seja, 10(10⁶)x16, 8 (10⁶)=168x10ⁿ bits, n=36, portanto 168 seguido de 36 zeros! Isto para uma imagenzinha mequetrefe, já que o olho humano capta até 576 Megapixels ou mais.

E isto é só um cantinho ínfimo dos zilhões de coisas que temos na memória.

Quer isto dizer que a memória nada tem a ver com bits e bytes? 

Não: no estágio atual do conhecimento é um consenso que, qualquer que seja a teoria subjacente, modelo padrão, mecânica quântica, fractais, cordas e supersimetria, a base última da representação dos fenômenos cognitivos e memoriais são bits de informação, férmions e bárions, fractais, saltos quânticos ou entrelaçamento quântico (quantum entanglement).  Creio que outro quase-consenso é que a percepção resulta em – e de – saltos quânticos, mas o armazenamento de incalculáveis quantidades de informações pode ser talvez explicado pelo “entrelaçamento quântico” (entanglement) que seria uma forma de podermos usar “arquivos” extradimensionais.  

Alguns cientistas, entre eles o notável e renomado matemático e físico Roger Penrose, creem que a Física atual não pode explicar a consciência psicológica, que tem seu lugar no universo quântico.  

Fritjof Kapra, Carl Sagan, Robert Paster, e Michio Kaku são alguns de outros expoentes que vem trilhando e abrindo novos caminhos na busca da compreensão e conceituação da percepção fisiopsicológica da realidade pelos animais, em particular pelos humanos. 

No entanto para mim a teoria que melhor explique o fenômeno da memória (mesmo que ainda hoje criticada por muitos cientistas, mas sem comprovação científica razoável de suas críticas) seja a de Mathi Pitkanen, utilizando a física TGD – Topological Geometrodynamics , brilhante e inteligivelmente explicada por Robert Paster em seu livro “New Physics and the Mind”.

O Professor Paster gentilmente me enviou o trecho em que trata desta teoria e me autorizou a incluí-lo neste texto. Você pode ler no original aqui

Para continuar a entender a teoria de Pitkanen é preciso ter uma noção sobre os números p-adic que, como diz Dr. Paster
“De várias formas não é surpresa que a estranha matemática dos números p-adic tenham aplicação em psicologia. Considere como sua mente vagueia de um pensamento a outro que você sente como semelhantes, mas ao mesmo tempo parece não terem relação. Serão estas memórias conectadas porque são p-adic próximas – porque têm detalhes similares, ainda que de dissimilares tamanho real ou objetivo? E serão as matemáticas p-adic não apenas matemáticas de nossos devaneios em vigília, mas de nossos sonhos também?...... Entender a p-adic matemática como a matemática dos pensamentos é o primeiro passo para entender TGD. O desenvolvimento da física TGD pressupõe a fusão do mundo físico real com o mundo p-adic da mente”.
Em seguida ele explica, por itens:

1. Espaço-tempo em multifolhas.
2. O salto quântico.
3. Extremais sem massa (Massless extremals).
4. TGD e bio-sistemas.
5. O cérebro e o processo do pensamento.
6. Memórias.

Aqui transcrevo o final do item 6 em versão livre:

“As representações sensoriais se processam em painéis sensoriais magnéticos, tendo tamanho muito maior que o corpo. São representações sensoriais magnetosféricas."

A cosmologia da consciência tem uma estrutura assemelhada aos fractais, com sub-cosmologias que nada conhecem da existência ou não das outras a não ser como resultado de saltos quânticos envolvendo entrelaçamentos (entanglement) com folhas em espaço-tempos de mais altas dimensões.

A antecipação do futuro resulta de extremais sem massa (massless extremals) p-adicamente ligados a intenções, planos e expectativas. Isto permite simulações sobre o que pode acontecer no futuro (e teria ocorrido no passado) sem o salto quântico.

Em seguida a sua primeira mensagem, Dr. Paster me enviou um Adendo que colei ao final do primeiro texto “Excerpt from New Physics and the Mind - Prof. Robert Paster”, onde ele informa estar escrevendo mais um livro “Digital Mind Math: The Language of the Mind”, que aguardo com ansiedade. Por enquanto é interessante ver “Reality: Analog and Digital at the Same Time by Robert Paster”.

Sugiro fortemente que leiam o original (sem traduttore traditore) de que incluo uma minha “traição”.

---------- Mensagem encaminhada ----------De: Robert PasterData: 2012/09/28Assunto: Re: À la recherche de mon Livre Perdue ...Para: Flavio Musa de Freitas Guimarães <flavio.musa@gmail.com>
Obrigado pela oportunidade de rever o seu projecto. Concordo com a inclusão de meu trecho, e também se desejar os seguintes pensamentos.Robert Paster Boston Robert Paster's current project is the manuscript for Digital Mind Math: The Language of the Mind.
……………………
“TGD modela a mente, usando dois conceitos centrais: o uso de matemática p-adic como a matemática da mente, juntamente com o segundo conceito central, a reconfiguração de espaço-tempo da TGD como 8-dimensional, especificamente o 8-espaço M4 + x CP2, da relatividade especial no espaço-tempo quadri-dimensional de Minkowski (medido em tempo e espaço a partir do Big Bang) cruzado ao CP2 espaço - dois círculos ortogonais, ortogonais, em 4-dimensões, o que significa que cada círculo está ligado a todos os círculos. Um evento é uma sequência ordenada de configurações em tempos estáticos 3-dimensionais, englobando e englobadas por padrões de uma miríade de outros eventos, cada evento existente tanto como um padrão real e um padrão de p-adic, o padrão real é a maneira concreta que normalmente pensamos de um evento, bem como a forma p-adic, rotulando as relações do que está encerrando o quê.
A matemática p-adic rotula diretamente as conexões entre os círculos ortogonais CP2. O espaço-tempo da mente usa a numeração espacial CP2 para rotular os espaços octodimensionais, permitindo a manipulação de pensamentos e o teste de hipóteses antes de agir, guiados pelo princípio de maximização da negentropia tendendo à maximização do conteúdo da informação. O projeto atual de Robert Paster é o manuscrito de “Matemática Digital da Mente: A Linguagem da Mente”.

Gostaria muito que meus colegas de Universidade e meus amigos cientistas se dessem ao trabalho de ler esta minha filosofada e, especialmente peço que me ajudem a entender alguns paradoxos – provavelmente idiotas – que a negentropia criou em meu bestunto.

1. Aparentemente células e seus componentes podem realizar transferências negentrópicas, ao menos nas de rápida duração (t<Ө no artigo acima: Negentropy) ou até quando t>Ө em certas condições, em arranjos coerentes e realizar a transferência de estoques de energia em sequências concatenadas. Ora, o corpo humano também – aparentemente – é o resultado de arranjo coerente das células em arranjos concatenados.  Então como é que esse conjunto, o corpo humano, vem a ser uma das máquinas de menor rendimento energético?

2. No multiverso, contatos de rapidez próxima à da velocidade da luz devem ocorrer. Se isto for verdade todos os universos possíveis estariam condenados à entropia máxima (T ≈0K) juntamente com o nosso. Inversamente universos de maior densidade de energia poderiam negentropicamente reduzir a velocidade de expansão do nosso, “esticando” seu tempo de existência, e, claro, o de todos os multiversos. 

É isto aí: meu schnauzer de 14 anos, o Totty, cheira. Cheira. Cheira sempre e sempre cheirou tudo que pode, em particular cheiros de xixi de cachorras e cachorros; cheiraria também os seus cocôs, mas eu não deixo, pois com sua bigodeira iria trazer fedor e bactérias para casa. Lamento ter causado algum trauma para o Totty por isso. Ele foi e é condenado a cheirar.

Eu também sou condenado; condenado a pensar.... Daí, como diria o Barão de Itararé, “Penso, logo eis isto”, com as possíveis falhas de comunicação entre minhas antenas neurais e minhas quadri e octo dimensionais folhas memo-cognitivas , ou eventual salto quântico maior que minhas pernas.


































FMFG
Outubro de 2015

sábado, 10 de outubro de 2015

Gênesis


Gostei muito da apresentação recebida de amigo, que acabei batizando como "Nascimento, Aventura e Conquistas do Homo Sapiens" e gravei-a no Drop Box, para quem a queira ver   (https://www.dropbox.com/s/8ewn5d2d4rabxnk/Nascimento%20%20aventura%20e%20conquistas%20do%20Homo%20Sapiens.pps?dl=0).

Meu grande amigo e companheiro na escola de vida e brasilidade que foi a CSN - Companhia Siderúrgica Nacional, Francisco Leme Galvão,  comentou:

"Eu o chamaria apenas de uma bela especulação científica. A gente descobre coisas novas que aconteceram há 100 anos, desconhece muita coisa que houve há 1000 anos....e pouco se sabe do que houve há 5000 anos...".

E me brindou com esta sua fábula que compartilho com vocês.

https://www.dropbox.com/s/lwwr36a9cs82e2u/Genesis7.pdf?dl=0. 


Até mais... Até que Eu ou meu Filho...



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