domingo, 24 de julho de 2016

O INDULTO



                                                                      
Era sexta feira de uma noite gostosa de primavera; Juvenal não apareceu no escritório a semana inteira. Todos comentavam que já há duas semanas ele parecia muito estranho, cabisbaixo, não falava; ele que sempre animava as manhãs com suas piadas, estórias, atendia a todos com cordialidade, era peça chave no Happy Hour.

Liguei várias vezes para seu celular “O telefone encontra-se desligado ou fora da área de cobertura”; pelo fixo ninguém atendia. Será que Zélia e meninos tinham saído, mesmo em período escolar? Estranho, pensei.

Anteontem, quando liguei, a operadora disse que o número estava fora de serviço! 

Antes de subir a seu apartamento, passei na padaria-boteco em baixo, colado à porta de entrada. Não, Seu Juvêncio não aparecera nem para o café da manhã.

Toquei a campainha uma vez, esperei, toquei de novo; nada. Podia estar tomando banho ou fazendo suas necessidades; esperei 10 minutos e toquei de novo, nada! Bati na porta e gritei “Juvêncio! Você está aí? Você está bem? É o Louzada. Preciso falar com você! ”.

Parece que esta última frase resultou no “abre-te sésamo”: Ouvi o destrancar da porta, abriu uma fenda, “O que você tem para mim? ”.

Meti o pé entre a porta semiaberta e o batente, “Juvêncio, preciso muito falar com você! Abra esta porta de vez! ”.

Abriu, recuando; cabelo encaracolado sujo, despenteado, barba por fazer há dias, cara pálida como o papel A4 que se via sobre a mesa com seu laptop, olhos fundos e roxos, córneas com veios de sangue de quem está cansado e dormiu muito pouco, mas limpos: não tomara drogas; regata amarela suja de manchas de café e óleo, bermuda preta surrada.

Deus do céu, Juvenal! Que aconteceu com você?

- Você veio trazer alguma coisa para mim ou só veio encher meu saco?

Que coisa eu deveria trazer?

- Se não sabe é porque só veio me perturbar, encher meu saco!

Tentei por minha mão em seu ombro, se afastou; empurrei-o delicadamente para a poltrona que, pela almofada amassada, era a em que devia estar sentado. 

Por favor sente-se e me ouça. Sentou apoiando-se nos braços da poltrona.

O apartamento era bem bom e bem decorado, – certamente obra de Zélia –, três suítes, sala de almoço, de estar, pequeno escritório, e duas varandas.

Estávamos na sala de estar para onde se abria a porta principal; para ali trouxera sua mesa de trabalho e laptop. À direita sofá de três lugares, outra poltrona em frente à sua, amplas janelas atrás, agora fechadas pelas persianas e cortinas, mesinha a seu lado direito, com uma tigela abarrotada de bitucas; puxei uma cadeira da sala de refeições e me instalei bem perto e à sua frente, olhando-o nos olhos; fiz de conta que não sentia seu fedor.

Juvêncio, você sabe que para mim você é o melhor amigo, quase um irmão, companheiro, conselheiro a quem contei o que nem eu mesmo sabia, ombro em que chorei de tristeza, comemorei alegrias; você é parte de mim.
Irmão, preciso, rogo, que me conte o que acontece ou aconteceu, que me conte como posso, como devo ajudar.

Juvenal, curvado, mãos no rosto, olhos fechados, cotovelos nos joelhos, custou a desembuchar.

- Me dá um cigarro?

Dei um e peguei outro para mim.

Acendeu com o isqueiro que estava ao lado da tigela; puxou longa tragada, soltou a fumaça devagarinho pelos cantos da boga, subindo por seu bigode, barba, e pelas narinas.



- Ufa! Quatro dias sem fumar!

Demorou mais um pouco...

- Lu, estou como no corredor da morte, aguardando indulto que não vem.

Não comentei, aguardei.

 - Você se lembra do Zé Seboso, o Josef Carindo ou Durindo?

Carlindo, disse eu, lembro sim, cara chato!

- Há dois anos, no início do verão, ou era ainda primavera? Eu saí do restaurante embaixo do escritório, e fui tomar o café e fumar um cigarro numa mesinha da calçada. 
Ele chegou, parou à minha frente,

- Dr. Juvenal,

- Deixa o doutor de lado.

- Sim, senhor; sei que todos me acham um chato, impertinente, mas é meu trabalho, meu ganha-pão, tenho que vender meu produto e não sei ser melhor vendedor. Preciso falar uns minutos com o senhor, ninguém ali em cima me deixa terminar...

Você sabe como sou, ou era.... Disse: sente-se então, mas seja breve, tenho de voltar ao meu ganha-pão. 

- Senhor, fui contratado para vender aplicações na Construtora Moleza, bem conhecida e reconhecida como boa empreiteira e incorporadora, tenho os balanços auditados, carteira, ... aqui; e começou a abrir a pasta.

- Não quero ver seus documentos; continue.

- A empresa está em permanente expansão e se dispõe a remunerar, por mais que o dobro da poupança, quem queira participar de seus lançamentos atuais e novos. O associado recebe, como garantias, um cheque pelo valor da aplicação, um contrato em que um imóvel em construção fica como colateral, responsabilidade assegurada pela empresa e sócios, com o valor mensal estipulado. Os saldos que não forem retirados são acrescidos de juros mensais iguais ao do rendimento mensal da aplicação.

- Mas isto é legal?

- Claro, doutor, desculpe, senhor, tudo contabilizado e auditado, contratos feitos pelo setor jurídico. Há mais de trezentos associados, dois deles que o senhor conhece,

- Deu-me os nomes, de fato os conhecia.

- Pois bem até eu “o Seboso” (sei que me chamam assim lá em cima), já consegui vender oito.

- ‘Tá bem, Zé, parece interessante, mas vou pensar. Encontre-me aqui mesmo, daqui a dois dias.

- Obrigado, Seu Juvenal. E foi-se.


Foi à cozinha, trouxe dois copos d’água, sem pires. Tomou uns goles e pediu mais um cigarro. Tragou sem tanta sofreguidão, soltou a fumaça normalmente.

- Eu dizia..., sim, dizia que tinha os nomes da empresa e dos amigos que ele mencionara; puxei CNPJ, liguei para os conhecidos. Tudo parecia em ordem e funcionando bem.

Quinta feira, quando saí do restaurante, lá já estava “Seboso”, mãos nos joelhos, olhando a multidão de gente que a essa hora passa na avenida, prestando mais atenção nas, você advinha... sorriu pela primeira vez.

Sim, disse eu, e sorri também.

- Ele já tinha um contrato de alguém, assinado com as testemunhas, firmas reconhecidas, faltava apenas o valor.

Disse-lhe o valor: ele nem piscou, mas senti seu entusiasmo.

- Seu Juvenal, se o senhor puder, amanhã trago-lhe contrato igual, em seu nome e um cheque de igual valor; preciso só de sua qualificação completa, nome e RG e sua testemunha. Esticou-me seu bloco de notas.

- Eu já esperava por isto e tinha escolhido como testemunha um amigo da empresa em que eu trabalhara.

- De sua assinatura eu mesmo vou reconhecer a firma, neste Cartório ao lado, onde imagino que o senhor tenha registro.

- Pois bem, aguardo-o amanhã.

Parou de falar, engoliu em seco, mais uns goles d’água, serrou-me mais um. De novo cotovelos nos joelhos, mãos segurando a cabeça abaixada.

- No corredor da morte, sem indulto!

Continue, Juvêncio, que história maluca é esta?

- Lu, consegui este posto devido a você, e...

Só indiquei seu nome, suas credenciais, experiência, fizeram tudo, e num momento que o escritório precisava muito de alguém como você. O Contencioso não dava mais conta só com três advogados.
Você não só entrou, como fechou o quadro por anos. Sei que você foi convidado para chefiar o departamento, e declinou dizendo que o cargo deveria ser dos mais antigos.
Os sócios ficaram tão entusiasmados que seus bônus devem ter sido bem polpudos.

- É verdade, por isso é que tinha aquela bolada que apliquei pelo Zé Seboso. Ainda guardei um pouco no Banco.

Soluçava e dizia baixinho: muita falta de Zélia e das crianças...

Continuou.

- Tudo funcionou beleza nos primeiros quatro meses; no quinto, não depositaram; liguei e tiveram o desplante de dizer que estavam em dificuldades e só poderiam voltar a pagar dali a dois anos!

Pirei. Procurei o Alfredo Júnior, advogado dos sócios, levei todos os documentos que tinha. Examinou e disse que, se eu concordasse, iria entrar com Ações, uma anulatória com pedido de indenização e pedido de liminar, antecipação de tutela, sei lá que mais. Garantiu que ganharemos a causa e, por isso cobraria apenas 3 % de honorários de mim, no sucesso; irá receber também a sucumbência.

Unanimidade na primeira Instância. Mas nós conhecemos nossa Justiça: petições e outras safadezas, a Vara não aceitou e enviou para o STJ.

Na primeira sessão de julgamento, um “Meretíssimo”, que parece ter sido “agraciado por algum favor” (Juvêncio fez as aspas com os dedos), pediu vistas e só devolveu terminado o prazo de 120 dias.

Novo julgamento, o filho de boa senhora se retirou da sala, o Relator passou para outra data.

E lá está aguardando novo julgamento para sei lá quando.

Fomos vivendo com o que eu tinha no Banco.

Chegou um momento em que tive de tomar decisão drástica e dolorosa: convenci Zélia a ir e levar as crianças para a casa de seus pais em Vinhedo, antes que não tivéssemos nem mais comida. Lá têm comida, ajuda, e muito carinho. Adoro meus sogros.

Com razão! Disse eu. Eu os conheci em aniversário seu ou da Zélia; simpáticos, aperto de mão firme, abraço caloroso, olhos nos olhos, prosa gostosa e inteligente. Seu sogro conta melhores piadas e melhor que você...

Sorriu, mais uma vez.

- É, e agora aqui estou eu, como disse me sentindo no corredor da morte, sem a família, sem nem mesmo telefone para falar com eles, contas não pagas, nome no SPC...

Toca a campainha.

- Não atenda! Não se mexa!

Toca de novo e de novo.

- Deixe estar! Não espero por ninguém; mas estou contente de ter atendido você.

E continuou a desfilar suas mazelas, repetindo-se, confundindo-se.

Escutei um roçar na porta. Espere aí, não vou abrir, só ver o que é este barulhinho.

Peguei o envelope endereçado a ele, entreguei.

Parece que alguma coisa lhe deu segurança de não serem mais cobranças, mais problemas. Abriu o envelope, tossiu, engasgou-se,

Releu agora em voz alta para mim.

Juvenal, estou tentando falar com você sem sucesso; aqui já vim três ou quatro vezes e ninguém estava. Deixo este envelope e, quando você receber meu recado, ligue para mim.

Tenho aqui que você chama de alforria ou coisa parecida, “O” cheque e mais alguma coisa; mas preciso entregar-lhe pessoalmente; e receber o meu de meus honorários...

Eles podem ter dinheiro, mas nós temos respeito.

Abraço,
(Um rabisco em que se podia adivinhar “Alfredo Júnior”).

Olhava através de mim, estupefato.



Começou a pular e gritar: “O Indulto! O Indulto! ”

Me empresta aí seu celúla.

Sabia o número de cor.

- Alfredo! Eu estava aqui e não quis responder pensando ser mais problema. Desculpe! Nem posso acreditar!
- Como? Agora?... Espero no boteco lá em baixo.

Ligou para Zélia.

- Indulto! Indulto!

E começou a explicar. Saí, aproveitei para ir ao banheiro; dei-lhe bastante tempo para falar em privacidade.

Voltei, ele tinha filado mais um cigarro.

- Vamos já para o boteco!

Vá tomar um banho primeiro, você está fedendo!

- Ora! Todos vão fazer como você que fingiu não sentir.

E se encaminhou para a porta.

Entramos no restaurante-bar e foi uma gritaria: Seu Juvenal! O senhor está de volta!

Sentamos na mesma mesa em que sempre ficávamos, do lado de fora.

O próprio Beppo veio nos atender.

- Sio Juvenale, che alegria! Pensiamo che estuve male. Bom noite Sio Losada. O che querete?

- Dois chopp[1] e duas doses daquela sua cachaça do barrilzinho.

Beppo voltou com as bebidas e um prato fundo cheio de rodelas de linguiças assadas ao forno de carvão, limão, pimenta, catchup, mostarda, guardanapos de papel...

- Oggi è dia dell’amico: us piatti san per conta di mi.

- Obrigado, Beppo, mas estamos esperando o doutor Alfredo.

È mio invitato tambene.

Juvêncio falava feito matraca, contou de Zélia, dos filhos, que voltaria no domingo, da cachaça, o que acontecia no escritório, o que com seus trabalhos largados, que desta vez iria tirar férias quando pudesse, iria viajar com a família...

Não viu Alfredo vindo por trás, parecendo um moleque; t shirt branca, jeans daqueles com pequenos rasgões caríssimos, tênis branco, boné aba para trás, tipo moto boy... 

Chegou, Juvenal se atracou com ele, molhou a t shirt com lágrimas, manchou-a com a boca lambuzada de mostarda.

Finalmente Alfredo conseguiu sentar; tirou o envelope de debaixo do sovaco, abriu e mostrou o cheque e o Acórdão em que a Justiça condenava a Construtora Moleza a pagar-lhe todo o saldo, corrigido pelos mesmos valores avençados no contrato, em 12 meses, parcelas mensais sempre corrigidas pelo saldo a pagar, sob pena de multa e de prisão caso não pagasse em 30 dias das datas. Os Juízes passaram por cima dos pecados veniais cometidos pelas partes ao avençar pagamentos que poderiam ser interpretados como juros e, então, como crime de usura.

Alfredo esticou a mão...

- Calma! Primeiro o meu cheque pelos honorários.

- Deixei o talão no apartamento, vou buscar.  

- Não precisa: tenho um talão de cheques seu, lembra? Aqui está e já preenchido; é só assinar.

Gargalhada geral; Cheque e envelope mais o talão de cheques trocaram de mãos.

Beppo chegou com mais três chopes e três cachaças.

- Beppo, não me leve a mal, mas cachaça me dá dor de cabeça; me traga uma dose daquele Red Label que mofa na prateleira e um copo baixo com muito gelo.

- Pode deixar, Beppo que a dele divido com o Lousada.

Volta Beppo com a garrafa de Red Label, copo baixo e balde de gelo.

- Servate Dottore.

Todos com suas bebidas na mão, levantaram-se. Beppo veio correndo com um copo com Amaro Averno.


AO INDULTO!



[1] Os paulistas usam essa expressão, como “dois chopp e um pastéis...

2 comentários:

  1. Parece que conhecemos algo bem semelhante, pena que nosso indulto ainda não chegou....

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    Respostas
    1. É verdade, querida!
      Mas vai chegar; certamente não um cheque tão maravilhoso, mas vai chegar.

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