É absolutamente
impossível!
- Provocações e Desafios
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Comecemos por aqui:
A maioria dos artigos e estudos sobre
o cérebro afirma que ele contém 68 ou 100 bilhões de células nervosas
(neurônios); porque “ou” e não “entre”, não sei. Um texto do Portal São
Francisco (link), de que colei excertos ao final do anexo, afirma que “o cérebro humano
possui entre 10.000.000.000 e 100.000.000.000 neurônios”. “Ligeira” variação,
não é?
Bem, para os fins a que se destina
esta discussão, suponhamos que sejam mesmo 100 bilhões de neurônios e que sua
rede de ramificações possa gerar até 100 trilhões de pontos (sinapses).
Em "Neurônios revelam complexidade da memória" e como
é de se esperar, é muito lógico que os neurônios, suas associações e
sinapses têm muita coisa fundamental para fazer, em primeiro lugar preservar a
vida e todas as funções do corpo, movimentar, ver, cheirar, degustar, sentir
pelo tato, sentir emoções... e, portanto,
“Embora as células nervosas que mudem de
atividade durante o uso da memória sejam amplamente distribuídas no cérebro,
neurônios individuais geralmente respondem a aspectos específicos da memória”.
Pior ainda agora, que cientistas
descobriram (e provaram) que o cérebro envia mensagens para o corpo mesmo antes
de qualquer ação ser executada! Vejam When Your Eyes Tell Your Hands What to Think:
You're Far Less in Control of Your Brain Than You Think.
Sejamos conservadores: suponhamos que
50 bilhões de neurônios e 75 trilhões de sinapses se ocupem direta ou
indiretamente das diferentes classes de memória.
Se formos seguir os modelos de todos
os links que aqui e no anexo são apresentados, um modelo reducionista
eletroquímico tem necessariamente que associar cada sinapse a uma informação
unitária, ou seja, a um bit; novamente em favor do conservadorismo, assumamos –
ainda que seja fisicamente impossível –, que cada sinapse gere um byte. Dentro
deste modelo reducionista “científico” de que a memória esteja contida no
cérebro chegamos a uma impossibilidade matemática.
Uma imagem clara que guardamos seria
representada por pixels. Cada pixel em três cores usa 16.777.216 bits, ou seja,
≈ 16,8x10⁶ bits por canal. Vide, entre outras matérias semelhantes, o
texto deste link. Uma imagem de alta definição exige ao menos 10 Megapixels, ou seja,
10(10⁶)x16, 8 (10⁶)=168x10ⁿ bits, n=36, portanto 168 seguido de 36 zeros! Isto
para uma imagenzinha mequetrefe, já que o olho humano capta até 576 Megapixels
ou mais.
E isto é só um cantinho ínfimo dos
zilhões de coisas que temos na memória.
Quer isto dizer que a memória nada
tem a ver com bits e bytes?
Não: no estágio atual do conhecimento
é um consenso que, qualquer que seja a teoria subjacente, modelo padrão,
mecânica quântica, fractais, cordas e supersimetria, a base última da
representação dos fenômenos cognitivos e memoriais são bits de informação,
férmions e bárions, fractais, saltos quânticos ou entrelaçamento quântico (quantum
entanglement). Creio que outro quase-consenso é que a percepção
resulta em – e de – saltos quânticos, mas o armazenamento de incalculáveis
quantidades de informações pode ser talvez explicado pelo “entrelaçamento
quântico” (entanglement) que seria uma forma de podermos usar “arquivos”
extradimensionais.
Alguns cientistas, entre eles o
notável e renomado matemático e físico Roger Penrose, creem que a Física
atual não pode explicar a consciência psicológica, que tem seu lugar no
universo quântico.
Fritjof Kapra, Carl Sagan, Robert
Paster, e Michio Kaku são alguns de outros expoentes que vem trilhando e abrindo novos
caminhos na busca da compreensão e conceituação da percepção fisiopsicológica
da realidade pelos animais, em particular pelos humanos.
No entanto para mim a teoria que
melhor explique o fenômeno da memória (mesmo que ainda hoje criticada por
muitos cientistas, mas sem comprovação científica razoável de suas críticas)
seja a de Mathi Pitkanen, utilizando a física TGD – Topological
Geometrodynamics , brilhante e inteligivelmente explicada por Robert
Paster em seu livro “New Physics and the Mind”.
O Professor Paster gentilmente
me enviou o trecho em que trata desta teoria e me autorizou a incluí-lo neste
texto. Você pode ler no original aqui.
Para continuar a entender a teoria de
Pitkanen é preciso ter uma noção sobre os números p-adic que, como diz Dr.
Paster:
“De várias formas não é surpresa que
a estranha matemática dos números p-adic tenham aplicação em
psicologia. Considere como sua mente vagueia de um pensamento a outro que
você sente como semelhantes, mas ao mesmo tempo parece não terem relação. Serão
estas memórias conectadas porque são p-adic próximas – porque têm detalhes
similares, ainda que de dissimilares tamanho real ou objetivo? E serão as
matemáticas p-adic não apenas matemáticas de nossos devaneios em vigília, mas
de nossos sonhos também?...... Entender a p-adic matemática como a matemática
dos pensamentos é o primeiro passo para entender TGD. O desenvolvimento da
física TGD pressupõe a fusão do mundo físico real com o mundo p-adic da mente”.
Em seguida ele explica, por itens:
1. Espaço-tempo em multifolhas.
2. O salto quântico.
3. Extremais sem massa (Massless
extremals).
4. TGD e bio-sistemas.
5. O cérebro e o processo do
pensamento.
6. Memórias.
Aqui transcrevo o final do item 6 em
versão livre:
“As representações sensoriais se
processam em painéis sensoriais magnéticos, tendo tamanho muito maior que o
corpo. São representações sensoriais magnetosféricas."
A cosmologia da consciência tem uma
estrutura assemelhada aos fractais, com sub-cosmologias que nada conhecem da
existência ou não das outras a não ser como resultado de saltos quânticos
envolvendo entrelaçamentos (entanglement) com folhas em espaço-tempos de
mais altas dimensões.
A antecipação do futuro resulta de
extremais sem massa (massless extremals) p-adicamente ligados a
intenções, planos e expectativas. Isto permite simulações sobre o que pode
acontecer no futuro (e teria ocorrido no passado) sem o salto quântico.
Em seguida a sua primeira mensagem, Dr.
Paster me enviou um Adendo que colei ao final do primeiro texto “Excerpt from New Physics and the
Mind - Prof. Robert Paster”, onde ele informa estar escrevendo mais
um livro “Digital Mind Math: The Language of the Mind”, que aguardo com
ansiedade. Por enquanto é interessante ver “Reality: Analog and Digital at the Same Time by Robert Paster”.
Sugiro fortemente que leiam o
original (sem traduttore traditore) de que incluo uma minha
“traição”.
---------- Mensagem encaminhada ----------De: Robert PasterData:
2012/09/28Assunto: Re: À la recherche de mon Livre Perdue ...Para: Flavio Musa
de Freitas Guimarães <flavio.musa@gmail.com>
Obrigado pela oportunidade de rever o seu projecto. Concordo com a inclusão de meu trecho, e também se desejar os seguintes pensamentos.Robert Paster Boston Robert Paster's current project is the manuscript for Digital Mind Math: The Language of the Mind.……………………
Obrigado pela oportunidade de rever o seu projecto. Concordo com a inclusão de meu trecho, e também se desejar os seguintes pensamentos.Robert Paster Boston Robert Paster's current project is the manuscript for Digital Mind Math: The Language of the Mind.……………………
“TGD modela a mente, usando dois conceitos centrais: o uso de matemática
p-adic como a matemática da mente, juntamente com o segundo conceito central, a
reconfiguração de espaço-tempo da TGD como 8-dimensional, especificamente o
8-espaço M4 + x CP2, da relatividade especial no espaço-tempo quadri-dimensional
de Minkowski (medido em tempo e espaço a partir do Big Bang)
cruzado ao CP2 espaço - dois círculos ortogonais, ortogonais, em 4-dimensões, o
que significa que cada círculo está ligado a todos os círculos. Um evento é uma
sequência ordenada de configurações em tempos estáticos 3-dimensionais,
englobando e englobadas por padrões de uma miríade de outros eventos, cada
evento existente tanto como um padrão real e um padrão de p-adic, o padrão real
é a maneira concreta que normalmente pensamos de um evento, bem como a forma
p-adic, rotulando as relações do que está encerrando o quê.
A matemática p-adic rotula diretamente as conexões entre os círculos
ortogonais CP2. O espaço-tempo da mente usa a numeração espacial CP2 para
rotular os espaços octodimensionais, permitindo a manipulação de pensamentos e
o teste de hipóteses antes de agir, guiados pelo princípio de maximização da negentropia tendendo à maximização do conteúdo
da informação. O projeto atual de Robert Paster é o manuscrito de
“Matemática Digital da Mente: A Linguagem da Mente”.
Gostaria muito que meus colegas de
Universidade e meus amigos cientistas se dessem ao trabalho de ler esta minha
filosofada e, especialmente peço que me ajudem a entender alguns paradoxos –
provavelmente idiotas – que a negentropia criou em meu bestunto.
1. Aparentemente células e seus
componentes podem realizar transferências negentrópicas, ao menos nas de rápida
duração (t<Ө no artigo acima: Negentropy) ou até quando t>Ө em certas
condições, em arranjos coerentes e realizar a transferência de estoques de
energia em sequências concatenadas. Ora, o corpo humano também – aparentemente
– é o resultado de arranjo coerente das células em arranjos concatenados.
Então como é que esse conjunto, o corpo humano, vem a ser uma das
máquinas de menor rendimento energético?
2. No multiverso, contatos de
rapidez próxima à da velocidade da luz devem ocorrer. Se isto for verdade todos
os universos possíveis estariam condenados à entropia máxima (T ≈0K) juntamente
com o nosso. Inversamente universos de maior densidade de energia poderiam
negentropicamente reduzir a velocidade de expansão do nosso, “esticando” seu
tempo de existência, e, claro, o de todos os multiversos.
É isto aí: meu schnauzer de 14 anos,
o Totty, cheira. Cheira. Cheira sempre e sempre cheirou tudo que pode, em
particular cheiros de xixi de cachorras e cachorros; cheiraria também os seus
cocôs, mas eu não deixo, pois com sua bigodeira iria trazer fedor e bactérias
para casa. Lamento ter causado algum trauma para o Totty por isso. Ele foi e é
condenado a cheirar.
Eu também sou condenado; condenado a
pensar.... Daí, como diria o Barão de Itararé, “Penso, logo eis isto”, com
as possíveis falhas de comunicação entre minhas antenas neurais e minhas quadri
e octo dimensionais folhas memo-cognitivas , ou eventual salto quântico maior
que minhas pernas.
FMFG
Outubro de 2015
Apesar de não ter entendido patavina, fico extremamente esperançosa de que isto que se nos afigura como "sobrenatural", "fantasmas", miasmas inexplicáveis, serão do conhecimento comum no futuro graças a gente como você e esses todos por você consultados. gratidão.
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